quarta-feira, 3 de abril de 2024

 

Juros do cartão de crédito têm segunda queda mensal seguida e atingem menor nível em 16 meses

Taxa do cheque especial, segunda linha de crédito mais cara, voltou a ficar mais cara em fevereiro e chegou a 131,8% ao ano, diz BC


  • ECONOMIA Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília


Juros do rotativo caíram para 412,5% ao ano

Juros do rotativo caíram para 412,5% ao ano

MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASI

A taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito caiu pelo segundo mês consecutivo e chegou a 412,5% ao ano, menor nível desde dezembro de 2022. O indicador recuou 6,8 pontos percentuais em de janeiro para fevereiro. A informação consta das Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta terça-feira (2) pelo Banco Central.

Na prática, qualquer dívida no cartão de crédito feita há um ano cresce cinco vezes se o consumidor não pagar a fatura no dia do vencimento.

Por exemplo, o consumidor que devia R$ 800 em janeiro do ano passado precisa desembolsar um adicional de R$ 3.300 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano, totalizando uma dívida de R$ 4.100.

Em dezembro do ano passado, o Conselho Monetário Nacional determinou um limite de 100% para as taxas de juros do rotativo. Essa decisão entrou em vigor este ano e vale para as dívidas contraídas a partir de janeiro. 

Sendo assim, com a nova norma, se a dívida for de R$ 200, por exemplo, o valor total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 400.

Cheque especial

O cheque especial, segunda linha de crédito mais cara disponível no mercado, que está embutida na conta-corrente dos brasileiros, voltou a subir em fevereiro. Os juros médios chegaram a 131,8% ao ano, 6 pontos percentuais a mais do que o registrado em janeiro.

No cheque especial, a mesma dívida do exemplo acima, mantida por um ano sem pagamento, salta para R$ 1.854,40 — um acréscimo de R$ 1.054,40 somente de correção.

As variações ocorrem diante do recente movimento de cortes seguidos da taxa básica de juros. As reduções de 0,5 ponto percentual levaram a taxa Selic a 10,75% ao ano, ante o patamar de 13,75% ao ano, que permaneceu vigente por um ano.

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