terça-feira, 11 de junho de 2024

Estudantes da rede estadual com baixo rendimento terão recuperação semestral

Foto: Diogo Moreira/A2FOTOGRAFIA

Resolução estabelece que alunos do fundamental e médio serão encaminhados ao reforço a partir de avaliações bimestrais com provas no final de cada semestre
REGIÃO - DA REDAÇÃO de O Imparcial de Presidente Prudente

A Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) publicou nesta quarta-feira uma resolução que estabelece a recuperação semestral de estudantes que apresentarem baixo rendimento. A nota dos dois bimestres anteriores vai estabelecer se os estudantes devem ou não ser encaminhados para realizar a prova de recuperação. Se a média dos bimestres for abaixo de 5 em quaisquer disciplinas, o aluno deverá obrigatoriamente fazer nova prova para tentar recuperar sua nota. A nova nota substituirá a menor entre os dois bimestres anteriores, contribuindo para reduzir as defasagens.

A proposta de reforço é voltada a estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio. A recuperação prevê que, por até duas semanas, as aulas serão focadas em conteúdos que os estudantes tiveram mais dificuldade na Prova Paulista, que é a avaliação bimestral da Seduc-SP. A primeira prova de recuperação será no dia 5 de agosto e os estudantes da rede terão duas semanas letivas de estudos focados na revisão de conteúdos – a semana de 1º a 5 de julho, última antes das férias do meio do ano, e de 29 de julho a 2 de agosto.

Segundo docente
Outro ponto que a resolução aborda e que pode ajudar alunos com maior dificuldade é o estabelecimento de um professor-tutor para estudantes de 1º a 3º anos do ensino fundamental, que é o ciclo de alfabetização. Esse professor será um segundo docente em sala de aula, três vezes por semana (duas de português e uma de matemática) para ajudar estudantes com defasagens. As escolas com mais de 20% dos alunos do 2º ano no nível pré-leitor, de acordo com a avaliação de fluência leitora realizada anualmente pela Seduc-SP, deverão obrigatoriamente receber um professor-tutor. Todas as outras escolas de anos iniciais também poderão aderir. Essa ação tem um custo estimado de R$ 82 milhões por ano.

"O objetivo dessas ações é que os alunos tenham um diagnóstico rápido das suas dificuldades e que os professores estabeleçam, com todo o apoio da Seduc-SP, um conjunto de atividades para que os estudantes se recuperem e possam seguir o ano letivo mais apropriados dos conteúdos das matérias", disse o secretário da Educação, Renato Feder.

No período da recuperação e aprofundamento das aprendizagens, as turmas de ensino médio poderão contar com o auxílio de alunos monitores, desde que devidamente acompanhados de um professor. O “aluno monitor” faz parte de um projeto de lei encaminhado na última semana pelo governo do Estado à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), que prevê que estudantes do ensino médio regular se tornem monitores de estudantes, com o pagamento de bolsa-monitoria, com valor previsto de R$ 400 mensais. Esse programa deve entrar em vigor em 2025, se aprovado pela Alesp.

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