quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Psoríase: dieta rica em ultraprocessados aumenta risco de desenvolver condição, alerta novo estudo; entenda 

Doença é caracterizada com o surgimento de placas e lesões avermelhadas na pele 

Por Extra — São Paulo


 Foto: Freepik

Dieta rica em alimentos ultraprocessados pode aumentar o risco de sofrer psoríase, doença caracterizada com o surgimento de placas e lesões avermelhadas na pele que escamam. Isso leva o paciente a ter uma série de dificuldades nas suas atividades diárias, como no trabalho e até nas suas relações interpessoais.

A afirmação foi feita por um estudo francês depois que especialistas analisaram dados de saúde e dieta de mais de 18.000 pessoas que participaram de um estudo de longo prazo sobre nutrição.

Os cientistas dividiram o grupo em três níveis com base na quantidade de alimentos ultraprocessados (AUP) que eles consumiam por dia em média. O grupo que se alimentava mais tinha um risco 36% maior de sofrer de psoríase.

Os ultraprocessados são alimentos como refeições prontas, refrigerantes, salgadinhos, embutidos, barras de cereais, sorvetes, entre muitos outros presentes no dia a dia. Basicamente, todos que passam por múltiplos processos industriais e contêm corantes, emulsificantes, aromatizantes e outros aditivos para torná-los palatáveis.

A análise sugeriu que a associação entre dietas ricas em alimentos ultraprocessados e psoríase permaneceu mesmo quando aspectos como excesso de peso dos participantes e condições subjacentes foram levados em consideração.

Normalmente, as células da pele são substituídas a cada três ou quatro semanas, mas para quem sofre de psoríase isso ocorre a cada três a sete dias.

É preciso estar alerta ao que costuma ser o padrão das lesões, que por definição são vermelhas, ásperas e escamam. Em algumas situações, essas características podem ser acompanhadas de outros sintomas, como a formação de bolhas de pus em certas partes do corpo, cuja pele é mais grossa, como o pé. A coceira também pode acontecer mais em algumas regiões, como no couro cabeludo, do que em outras do corpo.

Especialistas, entretanto, afirmam que o estudo deve ser tratado com cautela, pois, como muitos do gênero, ele não prova que os UPFs são diretamente culpados. Os autores do estudo admitiram falhas notáveis no estudo, como confiar nos participantes para autodeclarar que sofriam da doença de pele, o que pode ter influenciado a confiabilidade dos resultados.

Eles concluíram que a relação entre psoríase e alimentos ultraprocessados precisava de mais estudos em larga escala.

FONTE:https://extra.globo.com/

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