Setor de serviços volta a recuar e atinge menor nível desde abril de 2023
Segmento teve queda de 0,9% em novembro e se encontra 16,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia)

O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, recuou 0,9% em novembro, indica a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quarta-feira (15). Dessa forma, o setor se encontra 16,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,9% abaixo de outubro de 2024 (pico da série histórica).
O resultado sucede a alta de 1,4% percebida no relatório de outubro.
Em novembro, o recuo do crescimento foi acompanhado por apenas duas das cinco atividades de divulgação: transportes (-2,7%) e profissionais, administrativos e complementares (-2,6%), ambas devolvendo parte dos ganhos acumulados nos dois meses anteriores.
Em contrapartida, houve altas em informação e comunicação (1%); outros serviços (1,8%) e em serviços prestados às famílias (1,7%).
Novembro de 2024 x novembro de 2023
Em relação a novembro de 2023, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços cresceu 2,9%, oitavo resultado positivo consecutivo. O acumulado do ano chegou a 3,2% frente a igual período do ano anterior, enquanto o acumulado nos últimos doze meses alcançou 2,9%, taxa mais alta desde novembro de 2023 (3,5%).
O avanço deste mês foi acompanhado por quatro das cinco atividades de divulgação e por 56% dos 166 tipos de serviços investigados.
O principal impacto positivo veio do setor de informação e comunicação (6,6%), sendo impulsionado pelo aumento da receita em telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; e portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet.
Os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,7%); dos serviços prestados às famílias (5%); e dos profissionais, administrativos e complementares (0,4%).
A única influência negativa veio de outros serviços (-1%), sendo a menor receita vinda de serviços financeiros auxiliares; atividades de apoio à agricultura; e coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana e industrial.
Por região
O volume de serviços recuou em 18 das 27 unidades da Federação em novembro, em comparação com o outubro, acompanhando o recuo observado no resultado do Brasil (-0,9%). Os impactos negativos mais importantes vieram de São Paulo (-0,9%) e do Paraná (-2,9%), seguidos por Pernambuco (-3,7%), Rio Grande do Sul (-1,5%), Mato Grosso (-2,5%) e Bahia (-1,5%).
Em contrapartida, Minas Gerais (0,9%) e Alagoas (4,2%) exerceram as principais contribuições positivas do mês.
Queda no turismo
Em novembro, o índice de atividades turísticas recuou 1,8% frente a outubro, eliminando, assim, parte do ganho de 5,5% acumulado no período setembro-outubro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 11,1% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,8% abaixo de outubro de 2024, ponto mais alto da série histórica.
Regionalmente, 11 dos 17 locais pesquisados acompanharam a retração verificada na atividade turística nacional. A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-2,6%), seguido por Paraná (-2,3%), Pará (-6,9%) e Ceará (-3,7%). Em sentido oposto, o Rio Grande do Sul (6,6%) liderou os ganhos do turismo, seguido por Rio de Janeiro (0,8%) e Goiás (3,5%).
Transporte de passageiros e de cargas caem
O volume de transporte de passageiros no Brasil registrou retração de 3,4% frente a outubro, após ter avançado 12,2% no período setembro-outubro. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 7,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 16,6% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou recuo de 1,4% em novembro de 2024, após ter assinalado crescimento acumulado de 2,7% entre agosto e outubro últimos. Dessa forma, o segmento se situa 6,6% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 34,2% acima de fevereiro 2020.
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