Unimed Prudente
indica atitudes simples no dia a dia que podem evitar acidentes graves e
preservar a autonomia, especialmente na terceira idade
Cair não é normal e falar sobre quedas não é
algo insignificante. Todos estão suscetíveis a cair, mas os idosos são os mais
propensos. Além disso, 70% das quedas ocorrem dentro do próprio lar e as
fraturas resultantes dessas quedas são responsáveis por cerca de 70% das mortes
acidentais entre indivíduos com mais de 75 anos. No entanto, a Medicina
Preventiva da Unimed Presidente Prudente oferece orientações para ajustar
práticas simples no dia a dia, prevenir grandes problemas e proporcionar mais
qualidade de vida.
A fisioterapeuta da Medicina Preventiva da
Unimed Prudente, Débora Regina Mariano, explica que as quedas geram diversas
consequências para a saúde, podendo ser físicas e psicológicas, incluindo
lesões, hospitalizações, alterações na mobilidade, declínio funcional, perda da
independência e da autonomia, podendo, inclusive, levar à morte. Devido à
gravidade da situação, em 24 de junho é celebrado o Dia Mundial de Prevenção de
Quedas. “Essa data é importante para conscientizar as pessoas sobre os riscos e
as complicações que uma queda pode gerar, especialmente aos idosos, e promover
hábitos que ajudam a minimizar esses riscos”, destaca.
A maioria das quedas resulta em fraturas de
punho e fêmur (parte óssea da perna), conforme relata a fisioterapeuta. Esse
tipo de dano traz consequências físicas e mentais, como perda da autonomia e da
independência, medo de cair novamente, redução das atividades diárias,
isolamento social, tristeza, depressão, diminuição da autoestima e da qualidade
de vida.
Para evitar fraturas e até consequências mais
graves decorrentes de quedas, é possível adotar algumas medidas práticas na
rotina diária. A mais simples delas é a observação. “É importante que a família
e os cuidadores estejam atentos e observem mudanças no equilíbrio ou na força,
além de se atentar a relatos de tontura ou de insegurança para caminhar”,
orienta a fisioterapeuta.
Outras dicas importantes indicadas pela
profissional para reduzir o risco de queda incluem:
- Pratique atividade
física. Ser ativo é fundamental para manter a independência, aumentar a
força muscular e o equilíbrio, reduzindo as dores e o risco de queda. Pelo
menos 30 minutos de atividade física por dia, seja de forma contínua ou
fracionada, já ajudam a ter uma vida mais saudável. Exemplos de exercícios
são caminhadas, alongamentos, musculação, pilates, ioga, hidroterapia e
dança.
- Visite seu médico e faça
check-ups de saúde regularmente.
- Evite usar tapetes pela
casa. Se utilizar, opte por modelos antiderrapantes.
- Evite entrar em
ambientes escuros. Garanta boa iluminação. No quarto, nunca se levante no
escuro — providencie um interruptor de luz ao lado da cama, um abajur ou
mantenha uma luz de vigia acesa no corredor ou banheiro.
- Mantenha os espaços
livres para circulação; retire obstáculos, como tapetes, mesas de centro e
objetos espalhados pelo chão.
- Evite encerar o piso.
- Mantenha os fios de
aparelhos eletrônicos próximos às tomadas, evitando que fiquem
atravessando o caminho.
- Procure deixar seu
animal de estimação no quintal, principalmente quando estiver realizando
tarefas domésticas.
- Instale barras de apoio
próximo ao chuveiro e ao vaso sanitário. Em caso de dificuldade para se
abaixar durante o banho, utilize uma cadeira de plástico firme e
resistente.
- Deixe objetos usados com
mais frequência em uma altura de fácil alcance. Evite subir em bancos,
cadeiras ou escadas.
- Evite passar muito tempo
sem se alimentar.
- Utilize seus
medicamentos de forma correta: respeite a prescrição médica, tome nos
horários recomendados, sempre com água, e nunca se automedique.
Segundo a fisioterapeuta, o uso de sapatos
inadequados também aumenta o risco de quedas. Nesse caso, as orientações são:
- Evite chinelos de dedo,
de pano, saltos ou calçados com solado liso. Dê preferência a sapatos
confortáveis, com solado antiderrapante e que fiquem bem presos e firmes
nos pés.
- Procure sentar-se para
vestir calças, meias e sapatos.
Pensando em identificar e minimizar os fatores
de risco, orientar e educar tanto o idoso quanto a família, a Medicina
Preventiva da Unimed Prudente atua com uma equipe multidisciplinar composta por
enfermeiras, psicóloga, nutricionistas, fisioterapeuta e educador físico.
“Realizamos ações como o incentivo a hábitos saudáveis, o monitoramento de
sinais e condições clínicas, como pressão arterial e glicemia, além da
elaboração de planos de cuidados individualizados, com reavaliações periódicas.
Também orientamos quanto ao uso correto de medicamentos, realizamos avaliação e
orientação nutricional, e avaliamos a condição física, especialmente o
equilíbrio e a força muscular”, relata.
O que aumenta o risco de quedas
A queda é considerada um evento multifatorial,
ou seja, resultado da combinação de diversos fatores que aumentam o risco de
acidentes. Esses fatores podem ser classificados em dois grandes grupos:
intrínsecos e extrínsecos.
Os fatores intrínsecos são aqueles relacionados
ao avanço da idade, tais como diminuição da visão, da força e da agilidade,
incontinência urinária e tontura. Outros pontos de atenção são a perda de massa
e força muscular, alterações no equilíbrio, na postura e nas articulações, como
artrite e artrose, que provocam dor, diminuem a mobilidade articular e causam
deformidades, gerando instabilidade.
Também podem contribuir para as quedas o
sedentarismo, associado a déficits visuais, auditivos e cognitivos, que
comprometem a capacidade de resposta rápida diante de situações de risco,
prejudicando a prevenção de acidentes. O uso inadequado de medicamentos,
especialmente quando administrados sem prescrição médica, é outro fator que
pode afetar negativamente o equilíbrio e a segurança do idoso.
“O equilíbrio corporal tende a se agravar com as
alterações associadas à idade, o uso de certos medicamentos, a presença de
doenças e o estilo de vida, especialmente quando há ausência de atividade
física regular”, alerta a fisioterapeuta da Unimed Prudente.
Por outro lado, os fatores extrínsecos estão
relacionados ao ambiente e aos comportamentos de risco. Exemplos comuns incluem
ruas esburacadas, pisos escorregadios, iluminação inadequada e comportamentos
como subir em banquinhos ou utilizar calçados inseguros, como chinelos. Essas
situações aumentam significativamente a probabilidade de quedas, pois podem
fazer com que o idoso escorregue, tropece, pise em falso ou colida com
obstáculos, colocando à prova sua capacidade de manter o equilíbrio.
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