quarta-feira, 18 de junho de 2025

Carol Castro conta que viveu relações tóxicas e abusivas, como sua Clarice em 'Garota do momento': 'Como deixei?'


 Foto: Reprodução/TV Globo

Solteira há mais de um ano, atriz afirma que está cada vez mais alerta e seletiva para não se deixar envolver por armadilhas disfarçadas de amor 

Por Naiara Andrade

Assim como Clarice, sua personagem em "Garota do momento", tem vivido com Juliano (Fábio Assunção) desde o início da novela, Carol Castro revela que já esteve em relacionamentos tóxicos e abusivos, e demorou para percebê-los assim.

— Às vezes, é necessário sair da ilha pra ver a ilha. Passei por situações... Olho pra trás e penso: “Meu Deus, como deixei?”. Tive um (namorado) numa época em que eu fazia uma personagem que tinha muitas cenas de sexo. Eu chorava no camarim antes e depois das gravações. Um amigo, assistente de direção, me alertou: “Cuidado, as pessoas estão vendo. Isso pode te atrapalhar na profissão”. Eu chegava em casa e ouvia barbaridades dele. Por ciúme, machismo, posse. Teve outro que questionou pra caramba por que eu tinha feito um ensaio nu. Numa das brigas, cheguei a colocar fogo em todas as minhas revistas. Pra quê? Por quê? — reflete.

A atriz ainda observa:

— O impressionante é que o relacionamento tóxico, às vezes, te transforma numa pessoa tóxica. É uma simbiose de energia ruim, que vai tomando conta dos dois. Então, pra sair, é necessário uma ajuda potente, um guincho. Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim!

Recentemente, o guincho para Carol sair de outra furada foi o filme “Ninguém é de ninguém” (2023), em que faz par com Danton Mello e contracena com Rocco Pitanga, intérpretes, respectivamente, de Raimundo e Gregório — este, o atual namorado de Clarice — em “Garota do momento”. No longa, Carol e Danton formam o casal Gabriela e Roberto. Ele perdeu o emprego, e é ela quem sustenta a casa. Preso a um ciúme doentio pela mulher, ele a segue, fantasiando que a doutora está tendo um caso com o chefe, Renato (Rocco).

— Essa trama me deu muitos gatilhos. Desde o momento em que li o roteiro até as filmagens, fui percebendo: “Opa, eu vivo isso”. Precisei repensar a vida e virar a chave, mais uma vez — relata.

Solteira há mais de um ano, Carol afirma que está cada vez mais alerta e seletiva para não se deixar envolver por armadilhas disfarçadas de amor:

— Sempre fui de estar com alguém. Depois de muitos anos, estou conseguindo ficar bem sozinha. Tem horas em que bate vontade de uma conchinha, de ter para quem contar como foi o dia... Mas precisava cuidar de mim. Sabe aquela frase “coloque a máscara de oxigênio primeiro em você, depois no outro”? Agora posso dizer que estou começando a respirar sem máscara (risos).

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