sexta-feira, 27 de junho de 2025

Paulo Vieira conta por que aceitou seu primeiro papel em novelas: 'Achei honroso ser o final feliz de alguém'

Ator, humorista, roteirista e apresentador surge nesta quarta-feira em 'Garota do momento' no papel de um milionário caipira: 'Eu era doido para soltar um 'ara' em cena'


Foto: Manoella Mello/Rede Globo/Divulgação

Mirosmar Piratininga desembarca na Copacabana de 1958 dirigindo um carro nada discreto: vermelho e ornamentado com chifres de boi. Alinhado num terno verde, o goiano usa fivela, relógio e anéis que refletem sua dourada conta bancária. O final feliz de Iolanda (Carla Cristina Cardoso), em “Garota do momento”, é desse jeitinho, e tem o rosto e o corpo do multifacetado Paulo Vieira.

Depois de recusar outros convites para papéis em novelas — ele havia sido cotado para viver o Sardinha de “Vale tudo” e o professor Asdrúbal de “Êta mundo melhor” —, o ator, apresentador, roteirista, humorista e empresário faz, enfim, sua estreia em folhetins no capítulo previsto para ir ao ar nesta quarta-feira (25) na faixa das 18h.

— Achei honroso e bonito o convite para ser o final feliz de alguém — diz Paulo, explicando por que aceitou interpretar Mirosmar: — Também contou o fato de ser uma participação rápida, numa novela que merece todo o reconhecimento por sua grandiosidade. Tenho alguns amigos nessa obra... Pedro Alvarenga, que escreveu o “Avisa lá que eu vou” durante muito tempo, é um dos autores. E Carla Cristina... que carreira linda ela tem construído!

O milionário surge no caminho de Iolanda num momento crítico: a bolsa amniótica se rompe e ela precisa ir depressa para o hospital, dar à luz.

— Das muitas coisas loucas que já me aconteceram, faltava essa para o meu currículo: auxiliar uma grávida na hora do parto. Mas minha mãe já ajudou! — entrega ele, citando dona Conceição, agora famosa por conta das aventuras da série “Pablo & Luisão”, sucesso no Globoplay.

Paulo conta que chegou a questionar se Mirosmar não poderia ser do Tocantins, sua terra natal. Mas o estado brasileiro só foi criado em 1988, trinta anos depois de quando se passa a novela. De qualquer forma, na pele do goiano o ator se realiza:

— Minha família sempre acompanhou as tramas interioranas. E eu era doido para soltar um “ara” em cena. Chegou o momento! Quando eu soube que o personagem seria caipira e tinha que ter sotaque, adorei!

Assim como Mirosmar, Paulo Vieira afirma ser um cara “grande, exagerado, que não se apequena para caber em nenhum lugar”.

— Eu me identifico com isso: conforme o tempo passa, vou me empoderando da grandeza da terra onde nasci e cresci, da minha história. Não tenho medo de ser quem sou — brada.

Na quarta temporada do “Avisa lá que eu vou”, no GNT (a partir do dia 2 de julho, também na TV Globo), o apresentador compartilha sua cultura e descobre as riquezas materiais e as humanas de Norte a Sul deste Brasilzão. Muitas lembranças dos recantos por onde passa, ele leva para dentro de seu apartamento, em São Paulo, na mala:

— Tenho aqui uma chave dourada enorme, muitas louças de barro, três máscaras gigantes... Não existe mais lugar para guardar tudo!

fonte:https://extra.globo.com/

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