Hipotireoidismo ou hipertireoidismo? entenda as diferenças e qual a mais perigosa
Doenças afetam a qualidade de vida e podem levar a problemas graves; conheça os sintomas
Por La Nación
foto: Freepik
—Me sentia mal todos os dias: se não estava muito cansada, sentia tonturas; meu ânimo estava no chão e meus músculos doíam demais. Sempre aparecia algo novo —, diz Valeria Etchegaray, de 34 anos, sobre os sintomas recorrentes que teve por dois anos seguidos sem encontrar o diagnóstico correto.
Na realidade, seu corpo dava pistas sobre o estado de sua glândula tireoide por anos. Valeria sofria de hipotireoidismo, ou tireoide hipoativa, que ocorre quando a glândula não produz hormônios suficientes para atender às necessidades do corpo. Mas ela não encontrou o diagnóstico correto e foi só depois de três anos de dores que ela consultou seu médico e depois de fazer exames de sangue descobriu o que tinha.
Tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo são duas condições de saúde caracterizadas pelo desequilíbrio hormonal da tireoide, uma pequena glândula em forma de borboleta localizada na frente do pescoço. Seu bom funcionamento é crucial porque é a parte do corpo que produz os hormônios que controlam a maneira como o corpo usa a energia.
No ano passado e por ocasião do Dia Mundial da Tireoide, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que cerca de 750 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de alguma patologia da tireoide. Além desse número exorbitante, aproximadamente 60% não sabem que têm problemas na glândula.
Existem duas doenças tireoidianas muito comuns na população, são elas: o hipotireoidismo (caracterizada por ter a quantidade de hormônios tireoidianos muito baixa) e o hipertireoidismo (quando a quantidade de hormônios é alta demais).
— Seja uma dessas duas condições, o paciente vai perceber que todo o corpo começa a ser afetado — enfatiza Maria del Carmen Negueruela, chefe da endocrinologia no Hospital Universitario Austral.
Hipotireoidismo
Essa condição ocorre quando a glândula tireoide não produz hormônios tireoidianos suficientes. Portanto, em seus estágios iniciais, é possível que a pessoa afetada não detecte sintomas óbvios para consultar um profissional de saúde. No entanto, se passar muito tempo e o hipotireoidismo não for tratado, pode levar a outros problemas de saúde, como colesterol alto ou problemas cardíacos.
Para detectar a condição, o médico deve indicar que sejam feitos exames de sangue e, com base nos resultados, confirmar que os sintomas são compatíveis com baixos níveis de hormônios tireoidianos.
A Clínica Mayo aponta que entre os sintomas mais predominantes desta doença estão os seguintes:
- Fadiga
- Aumento da sensibilidade ao frio
- Pele seca
- Aumento de peso
- Rouquidão da voz
- Fraqueza muscular
- Dores, sensibilidade e rigidez muscular
- queda de cabelo
- frequência cardíaca mais lenta
- Nervosismo, ansiedade e irritabilidade
- Alterações de humor
- Dificuldade para dormir
- Cansaço persistente
- sensibilidade ao calor
- Inchaço no pescoço devido a um aumento da glândula tireóide (bócio)
- Batimentos cardíacos irregulares e/ou anormalmente rápidos (palpitações)
- espasmos ou tremores
- Perda de peso

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