Setor de serviços recua em dezembro, mas fecha 2024 com alta de 3,1%, diz IBGE
Resultado do ano passado representa quarto ano seguido de crescimento, segundo Pesquisa Mensal de Serviços

O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, recuou 0,5% em dezembro, indica a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quarta-feira (12). Apesar da queda, o setor fechou 2024 com expansão de 3,1%.
O resultado do ano passado representa o quarto ano seguido de crescimento.
No índice acumulado de janeiro a dezembro, frente a igual período do ano anterior, quatro das cinco atividades de divulgação tiveram expansão, com taxas positivas e crescimento em 61,4% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, as contribuições positivas mais importantes ficaram com os ramos de:
- informação e comunicação (6,2%);
- serviços profissionais, administrativos e complementares (6,2%);
- serviços prestados às famílias (4,4%);
- outros serviços (1,1%).
Em contrapartida, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,7%) exerceram a única influência negativa no índice acumulado no ano.
Por região
No acumulado de janeiro a dezembro de 2024, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 21 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços.
O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (4,5%), seguido por Rio de Janeiro (4%), Santa Catarina (6,1%), Paraná (3,6%) e Minas Gerais (2%).
Por outro lado, Rio Grande do Sul (-7,3%) e Mato Grosso (-10,2%) registraram as influências negativas mais importantes sobre o índice nacional.
Alta no turismo
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 3,5% frente a igual período do ano anterior. Regionalmente, 11 dos 17 locais investigados também registraram taxas positivas, em que sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (3,7%) e Rio de Janeiro (6,3%), seguidos por Bahia (8,4%), Minas Gerais (4,5%), Paraná (7,2%) e Santa Catarina (9%).
Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-14,3%) registrou o impacto negativo mais importante no acumulado do ano no turismo, seguido por Mato Grosso (-12,5%), Espírito Santo (-2,5%), Distrito Federal (-1,1%) e Amazonas (-2,6%).
Em 2024, transportes de passageiros sobem e de cargas caem
No acumulado de 2024, o transporte de passageiros mostrou expansão de 2,8% frente a igual período de 2023.
Já o indicador responsável pelo transporte de cargas recuou 2,3% em comparação com o ano anterior.
Dezembro de 2024 x dezembro de 2023
No confronto com dezembro de 2023, o volume de serviços apresentou alta de 2,4%, nono resultado positivo consecutivo. Já na comparação com novembro, o resultado de dezembro representa o segundo resultado negativo seguido, acumulando uma perda de 1,9% nos dois últimos meses do ano.
Em dezembro de 2024, o setor de serviços se encontra 15,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,9% abaixo de outubro de 2024 (pico da série histórica).
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