Kerri Pegg passou por cima dos trâmites legais para tirar traficante de cadeia na Inglaterra; agentes acharam objetos pessoais de Anthony Saunderson na casa dela
Por Fernando Moreira
— Foto: Reprodução
Quando a polícia fez uma operação na casa de Kerri Pegg encontraram um par de chinelos masculinos e uma escova de dentes a mais. Exames revelaram a presença do DNA de Anthony Saunderson nos objetos pessoais.
Era a prova que faltava para incriminar a diretora de prisão no Reino Unido. Considerada uma estrela em ascensão no setor prisional, Kerri pegou nove anos de detenção por ter se envolvido amorosamente com o barão das drogas e ter se corrompido.
A diretora passou por cima dos trâmites legais e concedeu ao "namorado" liberdade provisória em maio de 2019. Até os seus comparsas no crime estranhavam que Anthony passasse muito tempo no escritório de Kerri, a portas fechadas, ignorasse as visitas da esposa e se afastasse do "trabalho". O narcotraficante acabou voltando para a cadeia e condenado a 35 anos após ser preso numa grande operação antidrogas dois meses depois de ser solto de forma irregular.
A investigação descobriu que Kerri facilitava as operações da quadrilha e que por isso "melhorou" de vida. Ela trocou um Honda simples por uma Mercedes cara, e policiais acharam no seu apartamento joias e artigos de luxo de grifes famosas.
"Você traiu a confiança do público em você e traiu o Serviço Prisional. Foi chocante e inconcebível que você tivesse tido esse relacionamento", disse o juiz Graham Knowles, do condado de Kentucky (Inglaterra), ao proferir a sentença nesta semana. "Você sabia como deveria e como não deveria agir. Você teve treinamento e apoio. Você foi avisada. Os limites eram claros e explícitos, e você sabia que os estava ultrapassando", completou ele, de acordo com reportagem no "Daily Mirror".
Anthony eram conhecido por seu cúmplices como "Jesse Pinkman", o traficante da série de TV "Breaking Bad", ou "James Gandolfini", o ator que interpretou Tony Soprano em famosa série de TV sobre a máfia.
No julgamento, Kerri negou ter se envolvido emocionalmente com o traficante e disse que o contato entre os dois sempre respeitou as normas prisionais. A diretora disse aos jurados que havia "questões culturais" na prisão e que entrou em conflito com os chefes por causa da sua política "progressista" e "prática" de portas abertas com os prisioneiros.
Investigadores, entretanto, descobriram que a sua Mercedes havia sido um presente por ela ter ajudado num grande negócio de venda de 34 quilos de metanfetaminas.
fonte:https://extra.globo.com/
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