A Newark Academy reconheceu o episódio, mas afirma que as medidas adotadas seguiram a política de comportamento e aparência da instituição
Por Extra — Newark, Reino Unido
O gesto dos estudantes teve como objetivo apoiar Aiden, também aluno da escola, que está em tratamento quimioterápico. De acordo com a página de arrecadação de fundos criada para ajudá-lo, o rapaz não tem conseguido frequentar a escola nem o trabalho, pois passa quatro dias por semana internado. A família elogiou a atitude dos colegas:
“Seus amigos têm sido incríveis e todos rasparam a cabeça em apoio a ele. Mais amigos (que não aparecem na foto) também rasparam a cabeça. O apoio que ele recebeu tem sido absolutamente maravilhoso. Qualquer doação será muito bem-vinda quando ele sair do hospital. Vamos apoiá-lo para mostrar que ele não está sozinho e ajudar a conscientizar sobre o câncer testicular”, escreveu a tia de Aiden na página GoFundMe.
Os pais dos alunos criticaram a decisão da escola de proibir a participação dos jovens na festa de formatura e de submetê-los ao isolamento. Segundo eles, a atitude foi “insensível” e representou uma punição a estudantes “por serem seres humanos decentes”. Em publicações nas redes sociais, os responsáveis pelos estudantes afirmaram que, ao invés de punir, a escola deveria contribuir para a conscientização sobre o câncer.
O caso chegou ao conhecimento do conselheiro independente Johno Lee, que também se manifestou contra a postura da escola. Ele disse ter ficado “chocado ao saber que a situação era verdadeira” e se colocou à disposição para ajudar os estudantes caso decidam organizar sua própria festa de formatura.
— Fui militar por 12 anos e entendo que há regras de vestimenta, mas esses meninos fizeram um gesto bonito por um amigo. Não deveriam ser punidos por demonstrarem solidariedade — declarou o vereador, que, segundo o Nottinghamshire Live, ofereceu uma doação para o evento: — Se os meninos estiverem organizando sua própria celebração, ficarei feliz em contribuir financeiramente.
A Nova Education Trust, organização responsável pela escola, não confirmou nem negou os relatos. Em nota, afirmou que, embora reconheça a compaixão dos alunos, as ações tomadas seguem as políticas de conduta e aparência da instituição.
“Nossas políticas escolares visam criar um ambiente de aprendizado consistente e focado para todos os alunos. Embora entendamos e respeitemos as motivações por trás das ações desses estudantes, as escolas têm a responsabilidade de manter os padrões e regras previamente acordados, que são comunicados de forma clara a todos os alunos e pais”, declarou um porta-voz, segundo o Nottinghamshire Live.
Ainda de acordo com a nota, a escola está avaliando como equilibrar a aplicação das políticas com a necessidade de compaixão em circunstâncias excepcionais. Também estuda maneiras de oferecer apoio coletivo ao estudante em tratamento contra o câncer.
fonte:https://extra.globo.com/
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