Maior comunidade irregular do Brasil é beneficiada pelo relatório do Minha Casa, Minha Vida de Marangoni

REGIÃO - DA REDAÇÃO de O Imparcial de Presidente Prudente

Com 60 mil habitantes, a maior comunidade irregular do Brasil, a Vila Bela, na zona leste de São Paulo, será a primeira a ser beneficiada com a aprovação do relatório do programa Minha Casa, Minha Vida, executado pelo deputado federal Fernando Marangoni (União/SP).

O anúncio foi realizado na manhã deste domingo (29) pelo prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, no Centro de Convivência Cufa Força Jovem. Essa será a maior ação de regularização fundiária do país. Nos próximos meses, serão realizados estudos que vão resultar na desapropriação da área onde estão construídas 8 mil moradias em situação irregular, além de obras de microdrenagem urbana e pavimentação asfáltica.

O anúncio era esperado pelos moradores há 30 anos e só foi possível após modificações na Lei de Reurb, propostas por Marangoni, como alterações jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais. “Foi um dia histórico e emocionante. Trabalhamos muito para que pudéssemos fazer a diferença e impactar a vida das famílias. A regularização fundiária já é realidade dos moradores da Vila Bela e toda região de São Mateus, estamos falando em dignidade e sono tranquilo para mais de 60 mil pessoas", reforçou o parlamentar.

Trabalho reconhecido

O prefeito (Ricardo Nunes), o secretário de Habitação do município (Milton Vieira), a procuradora-Geral do município (Marina Magro), o diretor-presidente da Cohab (João Cury) e os moradores, reconheceram o esforço do trabalho realizado pelo deputado.

"A única saída que a gente encontrou foi graças a sua relatoria da lei federal que trata do Minha Casa, Minha Vida, onde você, Marangoni, teve a capacidade e inteligência de incluir a possibilidade que nós vamos utilizar aqui [Vila Bela], através do artigo que você colocou", disse Cury.

Mãe de quatro filhos, a diarista Maria Adriana, 47 anos, 20 dos quais morando no Vila Bela, não escondeu a expectativa pelos benefícios que estão para chegar. “A gente não tem esgoto e as casas poderão ter mais valor, já que hoje não podem ser vendidas porque não temos a documentação”.