Braço roxo e veias salientes: como quadro de Marina Ruy Barbosa vira alerta sobre risco de roupas apertadas

 Foto: Reprodução/Instagram

Atriz apareceu com o ombro lesionado e atribuiu o hematoma ao peso do look usado em Cannes 

Por Ana Carolina Montoro, g1

A atriz Marina Ruy Barbosa virou assunto nas redes sociais nesta segunda-feira (26) por conta de um hematoma roxo em seu ombro esquerdo. A imagem repercutiu após a divulgação de fotos tiradas durante o tapete vermelho do Baile da amfAR, em Cannes, realizado na noite da última qu

inta-feira (22).

Diante dos comentários questionando a origem da lesão, Marina respondeu a uma internauta e explicou que a roupa que usou naquele dia pesava cerca de 15 quilos, indicando que a peça seria o motivo de o ombro ter ficado daquela forma.

O g1 conversou com o cirurgião vascular Sergio Belczak para entender como o corpo reage em casos como o da atriz e por que lesões como a dela podem ser causadas por roupas pesadas e apertadas.

O especialista explica que a lesão que chamamos de "roxo" é, na verdade, um hematoma, causado pelo rompimento de pequenas veias. Quando esse rompimento ocorre, o sangue se espalha internamente até se tornar visível na pele.

No caso de Marina, Belczak afirma que é perfeitamente possível que uma roupa pesada como a dela, sustentada apenas por alças finas, tenha provocado o hematoma no ombro esquerdo.

Casos como o da atriz são extremos — no dia a dia, dificilmente alguém usa uma roupa que pesa 15 quilos. Um exemplo semelhante pode ser observado nas fantasias das escolas de samba no Carnaval.

Ainda assim, o cirurgião vascular chama a atenção para cuidados importantes na rotina, especialmente na escolha das roupas, para evitar futuros problemas de circulação.

Ele orienta evitar roupas apertadas como:

• calças jeans muito justas,
• meias que comprimem os calcanhares e
• sutiãs sem sustentação adequada, que pressionam os ombros e comprimem as mamas.

Além de priorizar roupas confortáveis, o especialista destaca que a alimentação está diretamente relacionada a uma melhor coagulação e, consequentemente, à prevenção de inchaços e hematomas.

"Com uma dieta equilibrada, há o consumo de folhas verdes e elas são ricas em vitamina K, algo fundamental para o funcionamento da coagulação. Dietas restritivas prejudicam esse processo do corpo".

Após o surgimento de um hematoma, ele costuma permanecer no corpo por cerca de 15 dias — tempo necessário para que o organismo reabsorva o sangue extravasado.

Fique atento às cores: durante o processo de cicatrização, o hematoma muda de coloração: do roxo para o verde, depois amarelo, até desaparecer completamente.

O especialista orienta evitar ao máximo a exposição da região ao sol durante a recuperação. Isso porque o sangue é rico em ferro, elemento que estimula a produção de melanina. Ou seja, se a área machucada for muito exposta ao sol, pode escurecer e resultar em uma mancha permanente.

Para acelerar o processo de cura, Belczak recomenda massagear suavemente a região com arnica, produto facilmente encontrado em farmácias e que pode ser adquirido sem receita médica.